26 de jul. de 2011

Amy winehouse X Edith Piaf

As divas também sofrem

Para mim foi impossível não lembrar Edith Piaf com o desaparecimento precoce de Amy winehouse, duas mulheres talentosas que viveram em épocas diferentes, porém, com semelhantes histórias. Edith e Emy eram mulheres de personalidade forte e voz marcante, ambas sofreram por amor e extravasaram na música a dor.

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Édith Giovanna Gassion, ícone imortalizado da música francesa teve uma infância muito triste, foi abandonada pelos pais, malcuidada pela avó e posteriormente, ainda pequena, amparada em um prostíbulo. Na adolescência buscou o seu caminho e iniciou sua carreira. Dona de uma belíssima voz e de um olhar melancólico viveu em busca da fama e do amor, casando e descasando várias vezes. De forma trágica perdeu aquele que seria o grande de sua vida e o processo de morte iniciou aí: doente entregou-se ao alcoolismo para aliviar a dor da alma e à morfina para aliviar a dor do corpo. Essa mistura levou à morte o pequeno pardal (apelido recebido por ter uma pequena estatura).


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Já Emy teve uma infância aparentemente “normal” ao lado dos pais e de um irmão. Quando adulta envolveu-se com drogas e muitos escândalos. Seu ex-marido é viciado e a apresentou às drogas pesadas. Em meio a muitas brigas, idas e vindas, Amy e seu ex se consideravam “almas gêmeas”, porém, juntos se destruíam. Emy tinha um temperamento indomável e expressou isso em uma tatuagem que diz “nunca amarre minhas asas” ao lado o desenho de um pássaro. Para surpresa de alguns declarou que sonhava em ter filhos e ser feliz em um lugar longe do cotidiano em que vivia. A cantora não se deixou salvar, as clínicas de reabilitação não conseguiram arrancá-la do vício das drogas e álcool e seu sonho jamais será realizado.

Edith morreu aos 47 anos e Emy aos 27. Ambas atravessaram a vida com tamanho frenesi que jamais passaram imperceptíveis. Para a posteridade deixaram como herança a riqueza de seu trabalho, para mim ficou o sonho de que a sensibilidade e o talento dos artistas que virão não sejam sempre acompanhados do vício e de uma vida desregrada. Que os jovens tenham inspiração com os seus ídolos a viver e realizar grandes coisas, mas com sobriedade.


Sugestão:

Quem gosta de bons filmes e se interessou pela história de Edith Piaf assista a:

Piaf - Um Hino ao Amor.
Título original: (La Môme)
Lançamento: 2007 (República Tcheca, França, Inglaterra)
Direção: Olivier Dahan
Atores: Marion Cotillard, Sylvie Testud, Pascal Greggory, Emmanuelle Seigner.
Duração: 140 min
Gênero: Drama



Referências:



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